quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Paraná Lança "Amiga Acolhedora", Projeto Inovador para Proteger Mulheres em Risco Extremo

O Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), deu um passo histórico no enfrentamento à violência de gênero ao instituir o projeto Amiga Acolhedora nesta terça-feira, 9 de dezembro de 2025.
A iniciativa é um braço do Programa Recomeço (Lei n.º 22.232/2025) e utiliza uma metodologia inovadora para oferecer suporte a mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

O projeto é destinado a mulheres em risco de morte ou grave ameaça, priorizando gestantes e mães com filhos na primeira infância (zero a seis anos). Ele adapta o conceito de acolhimento familiar já utilizado para crianças e adolescentes, garantindo um ambiente seguro, sigilo e suporte para a retomada da vida.

Proteção Imediata e Autonomia Econômica

Segundo a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, o Amiga Acolhedora simboliza um avanço decisivo.

“Este projeto representa um passo histórico para o Paraná. Com o Amiga Acolhedora, não estamos apenas oferecendo proteção imediata, mas também construindo caminhos para que essas mulheres retomem suas vidas com dignidade, segurança e independência. É uma política pública que alia acolhimento, apoio psicológico e autonomia econômica,” afirmou a secretária.

O Programa Recomeço tem a autonomia financeira como fator central para a ruptura do ciclo da violência. Entre os benefícios previstos estão:

  • Auxílio Social Mulher Paranaense: Subsídio direto às vítimas (cujos pagamentos foram iniciados nesta semana).

  • Subsídio para as Amigas Acolhedoras: Ajuda financeira para as famílias que acolhem as vítimas.

  • Qualificação Profissional: Inserção das mulheres em projetos de empregabilidade e geração de renda.

Marco na Rede de Proteção

A diretora de Políticas Públicas para Mulheres da Semipi, Mariana Neris, destacou que o projeto é uma resposta concreta às vítimas em nível mais extremo de violência.

O acompanhamento das mulheres será abrangente, incluindo apoio psicossocial, articulação com serviços públicos e monitoramento contínuo pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM).

O "Amiga Acolhedora" será implementado em parceria com Organizações da Sociedade Civil especializadas, garantindo que o atendimento seja humanizado e focado na superação e reconstrução de vida das vítimas.





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