quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Bebê de um ano é resgatado pela janela após ser deixado sozinho e avó é presa em Campo Mourão

Uma ação conjunta entre o Conselho Tutelar, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar resultou no resgate de um bebê de apenas um ano, deixado sozinho e trancado dentro de um apartamento em Campo Mourão. O caso foi registrado na noite desta terça-feira, 9 de dezembro de 2025, na Rua São Josafat, próximo à Unespar, e terminou com a prisão em flagrante da avó da criança.

A mobilização das autoridades teve início após uma denúncia anônima. A informação repassada ao Conselho Tutelar indicava que a criança estava sozinha no imóvel enquanto o responsável estaria em um bar.

O Resgate

As conselheiras tutelares foram imediatamente ao endereço e confirmaram que o apartamento estava fechado, sem resposta de qualquer adulto. Impossibilitadas de entrar, solicitaram apoio das forças de segurança.

Para acessar o interior do imóvel e verificar a situação da criança, os socorristas do Corpo de Bombeiros precisaram utilizar uma escada e entrar pela janela. Dentro de um dos quartos, a equipe encontrou o menino de um ano no berço, totalmente sozinho.

A criança foi retirada do local em segurança e encaminhada a um abrigo da cidade.

Prisão e Contradições

As equipes permaneceram no local aguardando o retorno de algum familiar. Cerca de uma hora depois, a avó do bebê chegou ao apartamento.

Ao ser questionada, a mulher alegou ter se ausentado por "menos de seis minutos". A versão, no entanto, entrou em conflito direto com o fato de que a polícia e o Conselho Tutelar já aguardavam em frente ao prédio há aproximadamente uma hora.

Segundo apurado pela reportagem, a mãe da criança havia perdido a guarda anteriormente, estando a responsabilidade legal do menor a cargo da avó. Ainda no local, a mulher teria minimizado o risco, declarando às conselheiras que "nunca viu ninguém cair de um berço".

Diante dos fatos, a Polícia Militar deu voz de prisão à mulher por suspeita de abandono de incapaz. Ela foi encaminhada à 16ª Subdivisão Policial (SDP) para as providências cabíveis. A criança permanece sob a tutela do Estado até decisão judicial.

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