A Polícia Civil cumpriu simultaneamente na manhã desta terça-feira dia 02 cinco mandados de prisão e quatro de busca e
apreensão nas cidades de Rancho Alegre d'Oeste, Maringá e
Sarandi. O alvo da operação é um grupo suspeito de emitir
carteiras de identidade fraudulentas para criminosos e para a
aplicação de golpes.
Em Rancho Alegre d’Oeste, distante 87
quilômetros de Campo Mourão, um servidor público da prefeitura,
identificado pelas iniciais F. A. J. dos S., 48, foi preso na ação.
Esta é a segunda fase da operação, batizada de Vucetich. Na
primeira fase, realizada em outubro do ano passado, a polícia
apreendeu computadores, celulares e documentos e efetuou uma
prisão em flagrante.
Segundo as investigações da Polícia Civil, o
grupo falsificou 160 carteiras de identidade. Parte dos
documentos foi utilizada para a abertura de empresas
fraudulentas e golpes para recebimento de seguro-desemprego e
salário-maternidade.
A polícia estima que a fraude causou um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos. A investigação aponta que outras
carteiras de identidade falsas foram vendidas para foragidos da Justiça.
De acordo com a Polícia Civil, o servidor preso em Ranho
Alegre d’Oeste trabalha em um posto de confecção de carteiras de identidade e usou a função para inserir dados falsos no sistema
e produzir documentos fraudados. O acusado estava com a prisão preventiva decretada por suposta participação na emissão
fraudulenta de carteiras de identidade.
Estima-se que tenham sido emitidas mais de 150 cédulas identidades falsas para esquemas de criminosos a partir do posto de
identificação de Rancho Alegre d’Oeste. Conforme a polícia, foi justamente esse grande volume de cédulas de identidade emitidas
em uma cidade de pequeno porte que chamou a atenção, ocasionando na investigação. O servidor preso foi encaminhado à cadeia
pública de Goioerê, onde permanece à disposição da justiça.
Beneficiados
De acordo com as investigações, um dos criminosos beneficiados pelo esquema é Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, conhecido como
Marcelo Piloto, que seria um dos maiores traficantes do país e o segundo na hierarquia da facção criminosa Comando Vermelho,
organização criminosa comandada por Fernandinho Beira-Mar.
Outro alvo da ação é um contador do município de Maringá, de 43 anos, que já conta com diversas passagens policiais por crimes de
estelionato. Ele e outras três mulheres, de 25, 34 e 43 anos, juntos do servidor municipal de Racho Alegre D’Oeste, criavam
empresas fraudulentas, registravam em nomes de laranjas e davam o golpe do seguro desemprego e salário maternidade.
Na
primeira fase da operação, ocorrida em outubro de 2018 foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência e no posto
de identificação onde trabalhava o servidor público em Rancho Alegre D´Oeste, bem como, em um escritório de contabilidade em
Maringá. Na ocasião foram apreendidos computadores, celulares e documentos.
A operação foi batizada como “Vucetich”, em alusão ao argentino nascido na Croácia, Juan Vucetich, que desenvolveu e colocou
pela primeira vez em prática um sistema eficaz de identificação de pessoas mediante suas impressões digitais.
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