O Crime e a Apreensão de Armas
A vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo na região do tórax. No local do crime, as equipes policiais apreenderam duas armas de fogo de fabricação artesanal e diversas munições de calibre .22. O principal suspeito do disparo é o filho da vítima, um jovem de 19 anos, que se evadiu do local logo após o ocorrido.
Conflito de Versões: Legítima Defesa em Análise
Testemunhas relataram que o crime teria sido motivado por uma suposta agressão da vítima contra sua esposa (mãe do suspeito) momentos antes do disparo. No entanto, a Polícia Civil destaca pontos importantes que devem ser analisados no inquérito:
Histórico do Casal: Os pais do investigado estavam casados há mais de 20 anos e, segundo os registros, não havia nenhum histórico de violência doméstica, boletins de ocorrência ou pedidos de medidas protetivas anteriores.
Antecedentes do Suspeito: O jovem de 19 anos já possui antecedentes criminais, inclusive uma condenação recente por lesão corporal grave com uso de arma branca.
Decisão Judicial
O investigado apresentou-se à delegacia na manhã de quarta-feira, acompanhado por um advogado. A Delegada de Polícia representou pela prisão preventiva do autor, argumentando que a tese de legítima defesa precisa ser provada tecnicamente e que permitir a liberdade do investigado, dados os seus antecedentes, seria temerário.
"A sociedade não pode tolerar que cidadãos ceifem a vida de familiares sob o pretexto de justiça privada, transformando o direito à legítima defesa em um salvo-conduto", afirmou a Delegada.
Apesar do parecer favorável do Ministério Público para a prisão, a Justiça indeferiu o pedido de prisão preventiva. Foram fixadas, no entanto, medidas cautelares alternativas:
Apresentação periódica no fórum para justificar atividades;
Proibição de ausentar-se da Comarca.
Orientações da Polícia
A Polícia Civil ressalta que atos de violência extrema não podem ser usados como resolução de conflitos familiares. A instituição reforça a importância de utilizar os canais oficiais para denúncias de violência doméstica, como o registro de boletins de ocorrência e a solicitação de medidas protetivas, evitando que situações cheguem a desfechos trágicos.

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