Crimes macabros mais uma vez
aterrorizam a sangrenta fronteira
entre Paraguai e Mato Grosso do
Sul.
O mestre de obras Pablino Giménez
Ledezma, 57, matou a mulher e a
filha e deixou os corpos apodrecendo
dentro da casa onde a família
morava, em Pedro Juan Caballero,
cidade vizinha de Ponta Porã (a 323
km de Campo Grande).
Os corpos foram encontrados na tarde de terça-feira (2) sobre camas em dois quartos
da casa, localizada no Bairro Defensores del Chaco.
Incomodados com o mau cheiro que exalava há semanas da casa e sabendo que mãe e
filha estavam desaparecidas, vizinhos chamaram a polícia.
Quando os policiais chegaram ao local, Pablino tentou impedir a entrada.
Com o forte mau cheiro exalando no local, os agentes da Polícia Nacional entraram na
residência e nos quartos encontram os corpos de Patrociña Romero Olmedo, 48, e de
Noelia Giménez Romero, 20, filha do casal.
Diante da cena macabra, Pablino confessou o crime. Ele disse a filha estava possuída pelo
demônio.
O mestre de obras contou que matou Patrociña estrangulada como forma de sacrifício e
“por ordem de Deus”, na esperança que ela ressuscitasse três dias depois.
Como a mulher não voltou à vida, Pablino, com a ajuda do genro e do filho de 18 anos
mataram Noelia e também deixaram o corpo apodrecendo sobre a cama.
“Matei em nome de Jesus”, disse Pablino.
Em entrevista a repórteres da fronteira, ele
afirmou que escuta “vozes divinas”.
“Crime macabro em Pedro Juan Caballero. Vi as fotos e os vídeos dos corpos sobre as
camas, onde estavam há pelo menos quatro meses, segundo o médico forense”, disse o
secretário de Segurança Pública de Ponta Porã, Marcelino Nunes de Oliveira.
Centro espírita – No dia 25 do mês passado, Pablino e a mãe de Patrociña, Sotera Olmedo
Romero, 68, denunciaram à polícia paraguaia o desaparecimento de mãe e filha.
Segundo o registro policial, elas teriam viajado em agosto deste ano para Ciudad de Este,
para frequentar um centro espírita, já que Noelia estaria e possuída pelo demônio.
Naquele dia, Pablino contou que a mulher e a filha tinham viajado com um amigo de
Patrociña, mas disse não saber o nome desse suposto amigo.
Depois, as duas nunca mais voltaram para casa.
O médico forense César Gonzalez informou que mãe e filha foram mortas entre três e
quatro meses atrás.
O filho de Pablino também foi preso. O genro está sendo procurado pela polícia.
Fonte: Campo Grande News.
Nenhum comentário:
Postar um comentário