12 janeiro, 2021

Oito integrantes do PCC são mortos em confronto com a polícia na fronteira com o Paraguai

Oito integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram mortos na noite de ontem (11) em confronto com policiais civis do Setor de investigações Policiais (SIG) de Ponta Porã e da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Sequestro (Garras). Eles faziam parte do grupo de 40 homens que tentou libertar seu líder, Giovanni Barboza da Silva, 29 anos, conhecido como “Bonitão”. A ação, feita na madrugada de domingo (10), foi frustrada e os policiais conseguiram capturar dois suspeitos.




Já na segunda-feira, com informações do local onde o grupo se reunia e guardavam armamento, os policiais passaram a monitorar a região. Em rondas no bairro Julia Cardinal, próximo à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, os militares encontraram uma casa com intensa movimentação de pessoas armadas e membros de facções.



De acordo com a polícia, as equipes realizaram entrada tática no local e foram recebidos a tiros. O local então virou cena de guerra, com intensa troca de disparos. Seis integrantes do PCC foram baleados no local e dois conseguiram fugir. Os policiais socorreram os feridos e chegaram a encaminhá-los ao Hospital Regional de Ponta Porã, mas todos morreram.



Depois disso, o confronto se deu nas ruas. Após a fuga, os agentes iniciaram a perseguição e conseguiram localizar os desertores. Houve nova troca de tiros, onde os últimos dois foram atingidos e não resistiram, contabilizando oito mortes.




Até o momento apenas três homens foram identificados, o brasileiro O.P.D, de 23 anos, e os paraguaios, E.P.D, 28, e O.R.C.D, 37. A suspeita é de que o grupo foi responsável por dois homicídios na região de Sanga Puitã, próxima à fronteira.



Na casa foram apreendidos armas de grosso calibre, entre elas um fuzil da marca MOE, de origem americana, e uma pistola, além de veículos e telefones.

Nesta manhã a perícia técnica foi acionada e o Delegado Alcides Bruno Braum se dirigiu ao local para acompanhar os procedimentos. Os oito corpos encaminhados ao IML do município para realização de exame necroscópico e identificação.



Fuga de Bonitão

Além das execuções, a quadrilha abatida pela polícia é suspeita de participar da tentativa fracassada de resgatar o atual chefe do PCC na fronteira, Giovanni Barbosa da Silva, 29, o “Bonitão”, na madrugada de domingo (10).

Procurado no Brasil por tráfico de drogas e de armas, “Bonitão” tinha sido preso no sábado à noite, em Pedro Juan Caballero, e levado para a sede do setor de investigações da Polícia Nacional. Horas depois a quadrilha dele tentaram resgatá-lo. A troca de tiros durou pelo menos uma hora. Um morador que passava pelo local foi atingido e está na UTI em Pedro Juan. Ele levou um tiro na coluna e ficou paraplégico.

Giovanni foi expulso do Paraguai por ordem do presidente Mario Abdo Benítez e ainda no domingo foi entregue a policiais federais brasileiros, na Ponte da Amizade, entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu 


REDAÇÃO: Gabrielle Tavares - Campo Grande News

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